
Enquanto parte da política local tenta resgatar a imagem do ex-prefeito Vadilson Fernandes Dias, os registros oficiais contam uma história bem diferente — marcada por ações de improbidade, contas reprovadas e condenações que ainda repercutem no município.
A seguir, um panorama dos principais episódios já confirmados por órgãos de controle e pela Justiça.
Em 2014, o Ministério Público do Maranhão ingressou com Ação Civil Pública contra Vadilson Dias por irregularidades no uso de recursos do Fundo Municipal de Assistência Social, referentes ao exercício de 2007.
A investigação apontou:
Recursos destinados à política social — justamente para atender famílias vulneráveis — se tornaram alvo de denúncias de fraude e irregularidades.
Ainda em 2014, o MPMA ajuizou quatro ações de execução forçada para recuperar valores decorrentes de decisões do Tribunal de Contas do Estado.
O montante cobrado chegou a R$ 1.739.092,81, incluindo:
Não se tratou de recomendação ou alerta: foram ações de cobrança formal, com base em condenações já transitadas no TCE-MA.
O caso mais grave veio em 18 de dezembro de 2018, quando o Tribunal de Justiça do Maranhão confirmou a condenação do ex-prefeito.
As penalidades incluíram:
A Justiça reconheceu que houve violação aos princípios da administração e dano ao patrimônio público.
O Tribunal de Contas do Estado do Maranhão também registrou uma série de reprovações envolvendo a gestão de Vadilson Dias:
Os apontamentos reforçam um padrão: falhas repetidas e ausência de controle administrativo.
Processos envolvendo Gonçalves Dias chegaram ao Tribunal de Contas da União, que identificou irregularidades em convênios e repasses federais ligados à gestão do ex-prefeito, com responsabilização e encaminhamentos ao Ministério Público Federal.
Quando a questão ultrapassa o âmbito estadual, o sinal de alerta fica ainda mais evidente.
Pesquisa em bases públicas mostra que o nome de Vadilson Fernandes Dias aparece vinculado a dezenas de processos, sobretudo no Tribunal de Justiça do Maranhão e no TRF-1.
Nem todos resultaram em condenação — mas o volume expressivo demonstra que não se trata de um episódio isolado, e sim de um histórico de judicialização da gestão pública.
Enquanto os processos se acumulam, a população continua enfrentando problemas que atravessaram gestões:
A pergunta que ecoa nas ruas é simples:
Como alguém condenado por improbidade, com cobranças milionárias e contas reprovadas pode ainda tentar se apresentar como referência de boa gestão?