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Instituto Gepas recebeu quase R$ 600 mil da prefeitura e contrato chega a mais de R$ 14 milhões

03/12/2025, às 17:05

O Blog Legião GD teve acesso a novas informações que ampliam — e muito — o debate sobre o repasse de R$ 577.253,12 realizado pela Prefeitura de Gonçalves Dias ao Instituto GEPAS.

Além da transferência bancária identificada no extrato oficial, agora surge um documento que explica a origem do vínculo com o instituto: o Termo de Ratificação e Adjudicação – Adesão nº 13/2025, assinado pela gestão municipal.

Contrato milionário firmado com o Instituto GEPAS

Conforme o documento, o município aderiu à Ata de Registro de Preços nº 045/2024, originada do Pregão Eletrônico nº 024/2024 da Prefeitura de Peritoró, para contratar o Instituto GEPAS na prestação dos seguintes serviços:

  • motoristas
  • copeiros
  • apoio a serviços gerais
  • supervisores de equipe
  • apoio administrativo
  • recepcionistas
  • almoxarifado
  • agentes de portaria

Ou seja, um pacote completo de mão de obra terceirizada para diversas secretarias do município.

O valor impressiona: R$ 14.452.200,00

O termo oficial fixa o contrato em R$ 14.452.200,00 (catorze milhões, quatrocentos e cinquenta e dois mil e duzentos reais).

Trata-se, portanto, de um dos maiores contratos da história do município, superando inclusive valores de obras públicas de grande escala.

Repasses já começaram: quase R$ 600 mil somente em uma transferência

O extrato bancário mostra que o município já enviou ao Instituto GEPAS o valor de R$ 577.253,12 — um montante inicial que tende a se repetir ao longo da execução contratual, podendo totalizar milhões ao longo do ano.

Esse repasse sozinho já representa:

  • quase 4% de todo o valor do contrato,
  • equivalente ao que muitas cidades gastam em um mês inteiro com folha de serviços gerais.

População enfrenta dificuldades enquanto contrato milionário avança

A notícia causa estranheza justamente porque Gonçalves Dias vive:

  • servidores reclamando de atrasos,
  • falta de medicamentos,
  • estrutura precária de serviços essenciais,
  • queda na qualidade de atendimento público,
  • redução de investimentos em áreas críticas.

Ou seja: enquanto serviços essenciais sofrem, R$ 14 milhões foram separados para contratação de pessoal terceirizado, por meio de adesão a uma ata de outro município — prática legal, porém amplamente criticada por especialistas em controle público.

Adesão a ata de outro município: alerta de órgãos de controle

Tribunais de Contas têm reiterado que adesões a atas de outros municípios exigem:

  • justificativa sólida,
  • comprovação de vantajosidade,
  • demonstração de economia,
  • compatibilidade dos preços,
  • motivação técnica clara.

Nada disso aparece anexado ao termo divulgado até o momento.

A ausência evidencia um possível problema de transparência, e reforça a necessidade de fiscalização por parte do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado.

A população tem o direito de saber:

  • quantos profissionais foram contratados,
  • quanto o município está pagando mensalmente,
  • como está sendo feita a fiscalização,
  • e se o contrato de R$ 14 milhões está trazendo retorno real para Gonçalves Dias.