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Lixo espalhado nas ruas de Gonçalves Dias: afinal, de quem é a culpa?

23/11/2025, às 20:34

O cenário de resíduos acumulados em diversos pontos de Gonçalves Dias voltou a chamar atenção da população. Sacolas rasgadas, terrenos usados como depósito improvisado e calçadas tomadas por lixo geram mau cheiro, risco à saúde e deixam a cidade com aparência de abandono. Mas a pergunta que não quer calar é: de quem é a responsabilidade?

1. Poder Público: gestão e organização

A prefeitura é responsável por:

  • manter a coleta regular e eficiente;
  • definir dias e horários claros para cada bairro;
  • instalar pontos de descarte adequado;
  • fiscalizar terrenos baldios e descarte irregular;
  • executar ações de educação ambiental.

Quando a coleta falha, atrasa ou não atende todas as áreas, o lixo fica nas ruas — e o problema se repete.

2. Empresa contratada: execução do serviço

Se houver terceirização, a prestadora deve:

  • cumprir o contrato,
  • disponibilizar equipe e veículos suficientes,
  • garantir rotas completas,
  • apresentar relatórios de operação.

Quando isso não acontece, o município precisa cobrar e aplicar penalidades.

3. População: responsabilidade compartilhada

Também é fato:

  • lixo colocado fora do horário,
  • descarte em terrenos vazios,
  • entulho e móveis largados na rua,
  • falta de uso de coletores ou saco reforçado.

Sem participação da comunidade, nenhuma cidade se mantém limpa.

4. Falta de estrutura mínima

O problema se agrava quando há:

  • ausência de lixeiras públicas,
  • poucos pontos de coleta,
  • bairros sem cobertura total,
  • acúmulo após feiras, festas e finais de semana.

Ou seja: não é só “limpar” — é planejar.

Conclusão

A culpa não tem um único dono.
O lixo nas ruas de Gonçalves Dias é resultado de três fatores juntos:

falha de gestão + falha de execução + falha de comportamento coletivo

Enquanto cada lado jogar a responsabilidade para o outro, o problema continua exatamente onde está: no meio da rua.

O que precisa acontecer agora

  • divulgação do calendário oficial de coleta por bairro;
  • criação de pontos de entrega voluntária para entulho e volumosos;
  • fiscalização com notificação e multa para descarte irregular;
  • campanha permanente de educação ambiental;
  • transparência sobre o contrato de limpeza urbana.

Porque cidade limpa não é milagre — é gestão, é compromisso e é respeito.