Nos últimos meses, comerciantes de Gonçalves Dias têm feito o mesmo desabafo: as vendas caíram drasticamente. Lojas que antes movimentavam bem a economia local agora enfrentam dias inteiros de portas abertas sem registrar uma única venda significativa. E a pergunta que toma conta da cidade é direta:
O que está acontecendo com o comércio de Gonçalves Dias?
Lojistas relatam queda no fluxo de clientes, aumento da inadimplência e redução geral do poder de compra. Muitos afirmam que o movimento caiu entre 30% e 60% em comparação com anos anteriores.
Segundo comerciantes, não é apenas uma “fase ruim”; é um reflexo de vários problemas que se acumulam na cidade — desde a falta de políticas públicas de incentivo, passando pela instabilidade financeira local, até o clima político tenso que tem afastado investimentos e desmotivado o setor produtivo.
Em meio à crise comercial e ao descontentamento crescente da população, chamou atenção um vídeo divulgado recentemente, no qual a prefeita afirma que “incomoda muita gente”.
A declaração caiu mal entre os comerciantes, que vivem uma realidade difícil e esperavam, no mínimo, ações concretas de apoio, não discursos vagos ou autoafirmações políticas.
“O comércio não precisa de vídeo, precisa de solução”, comentou um empresário da região central, que preferiu não se identificar.
Até agora, não houve:
A sensação entre comerciantes é de abandono.
Especialistas apontam alguns fatores que vêm sendo observados no município:
Aumento de gastos familiares, dificuldade de crédito e ausência de geração de renda local estão afetando diretamente o consumo.
Atrasos salariais, clima de tensão política e ausência de transparência geram insegurança — ninguém investe onde não há previsibilidade.
Enquanto cidades vizinhas promovem feiras, festivais, campanhas e eventos para atrair clientes, Gonçalves Dias vive um período de estagnação.
Problemas em áreas como saúde, transporte e iluminação pública também influenciam o movimento comercial, pois reduzem o fluxo de pessoas.
Gonçalves Dias vive hoje um cenário preocupante: queda nas vendas, desânimo de empresários, falta de circulação de dinheiro e uma gestão que não dialoga com o setor produtivo.
Enquanto a prefeitura se ocupa com vídeos e declarações políticas, os comerciantes enfrentam a realidade dura de um comércio enfraquecido e sem apoio.
A cidade precisa urgentemente de um plano de recuperação econômica local, com ações reais, e não apenas discursos.
